
Redescubro que as diferentes formas de amar se sobrepõem umas às outras, descoordenadas.
E quando temos que virar costas a um amor, um amor tão eterno e intenso que não tem nome... Surgem as sombras do passado, determinadas a enterrar estilhaços de espelhos, na nossa alma. Cada um deles reflectindo cenas no pretérito. Porquê...? Não derramo sangue nem lágrimas, apenas uma apatia que não se volatiliza no passar das horas e aumenta, inexplicável, como se fosse nevoeiro que rodopia e se adensa, penetrando-me o íntimo...
A pedra cinza, escura, nostálgica, surge-me em pesadelos e não me aceita porque o Tejo ainda clama por mim... Oiço o seu suspiro gélido nas noites frias de Inverno.
Este amor desmedido corrói-me as entranhas e retalha-me lentamente numa incerteza silenciosa. Onde estiverem sorrisos, verei os meus, mas em outros lugares, outros passeios, outras árvores.
Acedeste novamente ao meu pedido e tremo. Qual será a troca? A razão desfeita, o sangue a bombear por artérias rasgadas, a esgotar-se na palidez da minha pele, na melancolia do meu olhar... O vazio, ou algo mais...?
Minha querida Papillon... que dizer?
Este desabafo é tão lindo, tão lindo, que o êxtase nos invade em estranha calmia.
Nasceste abençoada.
E esta benção, nada nem ninguém ta tira!
um beijo orgulhoso e comovido.
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Anónimo |
29 dezembro, 2005 03:07
Simplesmente .... divinal!
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Afrodite |
29 dezembro, 2005 03:08
de doce e bonito tudo foi dito.
...fica bem
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Art&Tal |
29 dezembro, 2005 05:06
"Vejo" uma alma desnudada quando te leio,tal é a intensidade da tua escrita.
Que 2006 seja um ano de boas vivências para ti e que alguns dos teus sonhos se concretizem.
Por mim já me sinto uma felizarda por ter sido "brindada" com a tua escrita.
Felia 2006 e um beijo grande ":o)
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Anna^ |
29 dezembro, 2005 12:23
Como eu gostava de te dar um comboio de espelhos que só apontassem para o futuro...
A troca... vai em frente, o teu sorriso já compensa largamente.
Algo mais, é a minha opinião, porque tu mereces muito mais que essa tua palidez. Fica corada, porque ficas linda...
Este texto é muito bom, mas é um doloroso pedaço de ti. E os pesadelos... transforma-os em sonhos e sorrisos. Porque há quem goste deles.
Beijinhos querida amiga.
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Nilson Barcelli |
29 dezembro, 2005 21:56
Querida Papillon
O vazio preencher-se-á, acredita! Logo o espelho quebrado será uno, a imagem de felicidade e o Tejo um marulhar de aves que se agitam...
Continuas a encantar-me com a tua forma de escrever!!!
Desejo-te um 2006 com tudo aquilo que mais desejares.
Um beijo
Daniel
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Daniel Aladiah |
30 dezembro, 2005 03:06
Este texto é tão lindo, tão cheio de um encantamento que me toca profundamente.
Espero que tenhas algo MAIS da Vida, que a melancolia de um olhar...ou a frieza de um pensamento.
Deixo-te um abraço carregado de mil afectos, com a sincera vontade de que tenhas um excelente ano de 2006!
Beijo meu ;)
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Menina Marota |
30 dezembro, 2005 13:41
Revejo-me e assino todas as palavras da Menina Marota!
E, deixo-te um grande abraço carinhoso e que todos os teus sonhos se concretizem em 2006!
;)
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Poesia Portuguesa |
30 dezembro, 2005 13:42
Os meus desejos (e conselhos) para 2006 estão na minha casota.
Vais buscá-los? São para ti.
§(~_~)§ beijo da Afrodite
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Afrodite |
31 dezembro, 2005 07:25
Paroles auxquelles on peut donner tous les sens, mais seul le noir ressurgi.
Prends le balai met tous ces débris dans le conteneur du passé, il est plus que temps d’oublier, attrape les couleurs !
Un nouvel An tout coloris, OK !!!
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Manu |
31 dezembro, 2005 09:06
um texo teu é...1 texto teu. «Onde estiverem sorrisos, verei os meus,(...)»Bjs e ;)
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Conceição Paulino |
04 janeiro, 2006 21:32
Gostei, ponto final
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JMTeles da Silva |
05 janeiro, 2006 13:11
Deixo-te o meu beijinho... por falta de palavras...
Bjinho
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Luís Monteiro da Cunha |
05 janeiro, 2006 16:41
Até me arrepiei, minha querida.
Digo o mesmo que a Titas, nasceste abençoada!
Um beijinho muito grande e orgulhoso (que não me canso de repetir!)
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Mitsou |
05 janeiro, 2006 19:45
Haverá vazio no amor? Haverá algo além de lágrimas enterradas e mágoas que não secam?
Claro que há. Há é constantemente um medo surdo ou verbalizado de descobrir ou redescobrir.
Mas não nos abandonemos tão cedo, não nos percamos antes de saber o caminho.
Depois, a perdição ou reencontro serão bem-vindos, mas sempre com a consciência de nós.
Gostei das tuas palavras (as always!) e da fotografia :)
Beijinho*
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Anónimo |
07 janeiro, 2006 14:33
Olha para o azul que te chama, abre as asas e voa em ti. Há todos os dias um céu novo esperando ser preenchido com os rastos de risos e lágrimas.
Os dias não tem o direito de passar impunentemente vazios pela nossa vida.
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Anónimo |
07 janeiro, 2006 19:14
como bem o dizes as cenas do pretérito....
"Não derramo sangue nem lágrimas, apenas uma apatia que não se volatiliza no passar das horas e aumenta, inexplicável, como se fosse nevoeiro que rodopia e se adensa, penetrando-me o íntimo..."
jocas maradas cheias de tempo
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Su |
07 janeiro, 2006 20:21
Há coisaa que não se comentam...
Esta é uma delas.
beijo
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Miguel de Terceleiros |
08 janeiro, 2006 15:31