Suspenso,
Delineado, exposto, decomposto,
drenado da tua pulsão pela cor.
Transformei-te em traços e contornos a carvão,
Concebi atalhos, empalideci,
O meu sangue latejou em gradações de cinza,
Descoloridas todas as ramificações arteriais.
Um dia, do nada,
Ensinaste-me que a poesia também tem uma estética divina.
A mente divaga entre a maré, a areia,
A gaivota que passeia...
Foste uma constante desconcertante.
O teu epílogo... Esse...
Interpretei-o com génio.
Garanto
Delineado, exposto, decomposto,
drenado da tua pulsão pela cor.
Transformei-te em traços e contornos a carvão,
Concebi atalhos, empalideci,
O meu sangue latejou em gradações de cinza,
Descoloridas todas as ramificações arteriais.
Um dia, do nada,
Ensinaste-me que a poesia também tem uma estética divina.
A mente divaga entre a maré, a areia,
A gaivota que passeia...
Foste uma constante desconcertante.
O teu epílogo... Esse...
Interpretei-o com génio.
Garanto
tenho a certeza que sim...
na nossa vida há sempre aquela ou aquelas pessoas que nos ensinam a poesia de estar aqui...
(ena, fui a 1ª! :) )
beijinho para ti*
Posted by
Anónimo |
11 fevereiro, 2006 21:12
Um dia, do nada,
Ensinaste-me que a poesia também tem uma estética divina.
Foi no dia em que os Deuses se perderam em orgias e deixaram cair do Olimpo, palavras com que se amavam.
Alguém que passava inadvertidamente sentiu entrar em si a centelha que o fez descobrir em lágrimas que não havia vida que chegasse para escrever a palavra Eternidade...
Posted by
Charlie |
11 fevereiro, 2006 21:17
deixo-te um bj e votos de um bom f.s,amiga ;)
Posted by
Conceição Paulino |
11 fevereiro, 2006 22:05
estou .... como dizer?
I'm wordless!
Posted by
Anónimo |
12 fevereiro, 2006 02:19
Também eu sinto dificuldade na
busca de palavras que definam esta tua nova faceta.... surpreendente!
E muito, muito bom!
Por que me fazes lembrar Ary dos Santos?
Posted by
Afrodite |
12 fevereiro, 2006 02:22
És deveras forte.
Quando disse que me fizeste recordar Ary dos Santos, foi porque senti a mesma mescla: talento e dureza sofrida.
O meu querido Mestre Vitorino Nemésio fez uma incursão serôdia na poesia. Também ela forte, também ela com talento, também ela dura. Faltava-lhe, porém, o sofrimento/revolta que a tua transmite.
Na net existem grandes poetas, tu e eu conhecemo-los e admiramo-los.
Mas tu não és "apenas" mais um, o que já seria excelente.
Tu trouxeste algo mais (nem melhor, nem pior) mas diferente. És como uma pedra lançada num lago de calmas águas.
E, acredita, o gostar de ti como se minha filha fosses, em nada prejudica o meu juizo.
um beijo
titas
Posted by
Anónimo |
12 fevereiro, 2006 22:23
Achei engraçado a titas referir-se ao Ary dos Santos...é que eu tb já achei o mesmo...talvez por uma certa dureza nas palavras...uma verdade cruel que se sente na tua escrita...um tentar "sacudir" tudo e todos com as palavras...Sinto por vezes uma raiva incontida!
Enfim,sinto que tens muito para nos dar ;)))
bjokas ":o)
Posted by
Anna^ |
13 fevereiro, 2006 19:49
bela forma.
boa semana. Bjs e ;)
Posted by
Conceição Paulino |
15 fevereiro, 2006 10:55
...................................;)
c.............................ups!
Posted by
Art&Tal |
16 fevereiro, 2006 06:52
Querida Ana
O epílogo do génio pode ser o prefácio da mudança...
Um beijo
Daniel
Posted by
Daniel Aladiah |
16 fevereiro, 2006 10:01
fico sempre supensa...aqui...
jocas maradas
Posted by
Su |
18 fevereiro, 2006 19:33
Sempre há um começo
trilhos que se escavam
um achar um perder
um omitir simplesmente
uma luz um infinito
ou um mero copo vazio
de matéria desconcertante.
De tudo...algo ficou:
Enriqueceste(-te).
Gosto muito da tua poesia e sabes isso. Um bjinho grande amiga
Posted by
Amita |
28 fevereiro, 2006 22:01
Está mt bonito Raquel...
Quanto ao teu comentário,
estou constantemente a
repensar o q escrevo, ñ
quero ficar parado no tempo...
Deixo-te um beijinho grande!
Posted by
GNM |
18 março, 2006 23:55
Outra forma de escrita...
a paixão da outra.
Valiosa para quem tanto desconhece a expressão poética.
Talento, força nas palavras.
São características que ressaltam, e que se aprendem com gosto.
Beijinhos, Raquel
Posted by
luis manuel |
22 março, 2006 09:22
Olá Raquel:
Peço desculpa de só agora ter acesso ao teu blog. Tinha-o aqui...e como sabes tenho estado impedida de aqui vir, no portátil
não constava....mas na primeira oportunidade aqui estou para agradecer-te a ajuda no meu blog. Quanto ao que acabei de ler...não tenho palavras, és INCOMPARÀVEL!
PARABENS e tudo de bom para ti.
Beijo
....................Maria Valadas
Posted by
Páginas Soltas |
27 março, 2006 23:44
Olá Raquel
Escreves muito bem. Parabéns.
Eu já tive mais inspiração e queda para a escrita, mas ultimamente com tantos medicamentos, a minha cabeça está fraca para isso, infelizmente.
Venho agradecer a tua visita ao meu kalinka, és muito querida.
Obrigada do fundo do coração.
Beijokas.
Posted by
Kalinka |
28 março, 2006 17:49
Ráquel, grande!
Aplauso
Posted by
Thiago Forrest Gump |
31 março, 2006 20:02
Acabei agora de ler :)...e não haja dúvida, a "nudez" da palavra, tranforma-se em deliciosa poesia!
Adorei!!
Beijinho
Posted by
Su@vissima |
02 abril, 2006 21:25
"...Um dia, do nada,
Ensinaste-me que a poesia também tem uma estética divina."
... porque a poesia está na alma de quem a sente... e tu... sentes a poesia de uma forma incrivel!
Grata por este momento.
Um abraço carinhoso ;)
Posted by
Menina Marota |
06 abril, 2006 14:10
Falar de um pintor solar.
Repleto de imagens em desígnio profundo.
Não ser apenas um realejo de cores.
Atravessar a alma por dentro mesmo às escuras.
Alguns seres habitam no nada, habitam em tudo.
Sem os pés no chão gritam e inscrevem palavras na parte de fora
Cá longe escutamos com o olhar.
Um homem que pinta e escreve não lê o que pensa- diz.
Veste-se de telas e folhas, amanhece os nossos verões
Sempre há de acordar com a infância nas mãos
Habita na imobilidade sagrada dos que emocionam o ver
Decreta simples nulidades do tempo para existir no agora
Possivelmente o real gostaria de ser assim
Às vezes o único espaço é o fragmento da fala
De palavras inscritas acontecem grafias perplexas
A respiração do tempo não termina na tela, prolonga-a.
As imagens são de uma nocturna transparência que habitam a esperança
Tornar-se símbolo de si próprio, ou a palavra coerência ser correcta
Cozinhar ambivalências para preservar o simples
A pureza das formas contém as imagens da vida
Passou um cão amarelo com a memória às costas
Da Dona Aldeia ecoam vozes, cheiros e cores que a mão agradece
O entendimento não é rei aqui, demitiu-se para poder.
Ontem chegou a emoção ontem é muito longe significa o princípio
A metáfora é mensagem a mensagem é silêncio
A procura está para lá da imagem do pensamento imediato.
Neguemos a consciência do racional para interpretar
Os contrários povoam pinturas que dialogam em círculos.
O texto visual é repleto de códigos verbais e tudo.
Equilibram-se imagens no espaço de cima.
Para o pintor o mundo é admirável, nada mais.
Nunca ninguém esteve aqui para sempre
As imagens habitam transparências que levariam ao início.
Celebremos a lúcida vontade das infinitas possibilidades.
António Xavier
Posted by
Impensamental |
24 julho, 2007 23:52
Eu não sabia que as borboletas tinham tantos segredos, vejam só ! Adorei ! Acho que vou ficar por aqui para ver se descubro mais algum segredo. Lindo demais. Beijo.
Posted by
Tv for Blogs |
16 abril, 2008 17:35
Às vezes é uma verdadeira arte conhecer a essência das pessoas.
Bjs.
Posted by
Å®t Øf £övë |
10 maio, 2008 23:52
OLá,
Pela parte que me toca, ainda bem que gostou do livro.
Aqui li alguns poemaqs bem lindos e muito reveladoras da alma humana.
Passarei mais vezes, já que gostei da poesia que li. Beijinhos e obrigada.
Posted by
JuvePP |
15 agosto, 2008 20:27